Abrindo a celebração, a presidente da Biblioteca Nacional, Helena Severo, destacou a relevância do prédio histórico e de sua arquitetura: a Biblioteca Nacional é um marco da grande reforma urbanística de Pereira Passos, realizada durante os anos de sua gestão como prefeito da cidade do Rio de Janeiro, no início do século XX.
A presidente lembrou que a BN é a principal biblioteca nacional da América Latina, abrigando aproximadamente 10 milhões de documentos.
Em seguida, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, discursou para a plateia, elogiando a condução brilhante de todo o processo de reformas: “eu me sinto muito orgulhoso. Quero agradecer a todos aqueles que de alguma maneira contribuíram – operários, arquitetos e engenheiros, entre outros. Essa obra é uma obra de muitas mãos. Muito obrigado a vocês”.
O ministro destacou também o trabalho realizado no âmbito do Ministério para dar agilidade à execução do orçamento, com o objetivo de destravar obras estratégicas. Ele lamentou o histórico brasileiro de obras públicas paradas, inacabadas, ou com execução lenta e interrompida, declarando que “temos nos esforçado para superar dificuldades burocráticas e entregar essas obras, para que o investimento público se justifique”.
Após o discurso, a plateia assistiu a um vídeo especialmente elaborado para a ocasião, apresentando algumas das preciosidades do precioso acervo da Biblioteca Nacional. O vídeo destacou também a disponibilidade dessas preciosas obras para consulta pela BNDigital.
Por fim, o momento mais aguardado, a apresentação da Orquestra Petrobras Sinfônica, sob regência do maestro Antônio José Augusto, com um programa especialmente preparado para a ocasião, incluindo o Hino Nacional Brasileiro; o Outono, das Quatro Estações, de Vivaldi; o movimento allegro de Eine kleine Nachtmusik, de Mozart; a famosa ária das Bachianas Brasileiras nº 5; e o belíssimo arranjo para orquestra do Prelúdio das Bachianas Brasileiras nº 4.
O maestro celebrou a importância da Biblioteca Nacional e saudou a vista completa da fachada do prédio, que estava recoberto por lona e tapumes há anos. Antônio Augusto costuma frequentar os acervos de Música e de Manuscritos da Biblioteca Nacional e ficou impressionado com a vista da fachada, agora livre e desimpedida: "é muito importante estar protagonizando esse momento tão importante”.
A reforma da Biblioteca Nacional teve uma série de cuidados com detalhes: as portas de bronze foram restauradas à cor original em bronze (tinham sido pintadas de preto em reforma anterior) e as paredes externas tiveram as cores originais restituídas após criterioso processo de pesquisa para determinar suas características originais.
Após a celebração, os participantes tiveram acesso a um coquetel na belíssima varanda, agora reformada e com iluminação impecável, de frente para a Cinelândia.